Antes de tudo, até mesmo de dizer "oi, tudo bem?", quero pedir desculpas e explicar os motivos por ter passado tantos dias sem postar e tenho certeza que vocês me entenderão e compartilharão da minha dor, pois muitos passam por isso: internet ruim. Sério, minha internet estava péssima - ainda está, na verdade. Nem sei como estou conseguindo publicar isso. Se publiquei é porque ela deve ter dado uma melhoradinha suficiente para eu postar essa resenha - e se eu passar mais alguns dias sem publicar, vocês já sabem porque foi. Só para vocês terem uma ideia, esta resenha está pronta desde as minhas férias, as férias acabaram, já tem uma semana que eu voltei às aulas e só estou postando isso agora. Vida dura. Mas fazer o quê? Mesmo com as férias já tendo acabado, continuarei as leituras e postarei na medida do possível as minhas resenhas, opiniões, críticas, ou que quer que seja o nome disso que estou fazendo, rs. Vou deixar de enrolar vocês e obrigado desde já pela compreensão. Acompanhe abaixo minhas impressões sobre o livro. ;)
Acho que você já assistiu ou no mínimo já ouviu falar do filme "As Aventuras de Pi", que foi o maior ganhador de estatuetas do Oscar 2013. Pois bem, esse filme muito bem produzido, cheio de efeitos especiais, é a adaptação de um livro escrito pelo canadense Yann Martel e foi a minha segunda leitura nas férias. Vamos à história!
O Piscine Molitor Patel - que prefere ser chamado de Pi Patel - é um jovem indiano que mora com seus pais e seu irmão em um zoológico. Buscando por melhores condições de vida, Pi e sua família partem em um navio, juntamente com boa parte dos animais do zoo. Após alguns dias em alto mar, acontece um naufrágio, do qual só sobrevive Pi, uma hiena, uma zebra, uma orangotango, e um tigre-de-bengala, todos juntos num mesmo bote. Pi se vê numa enrascada: além de se preocupar com sua sobrevivência em pleno oceano Pacífico, ainda tem que dar conta de sobreviver em meio a animais selvagens, alguns deles carnívoros. E assim começa a luta pela sobrevivência de Pi que dura 277 dias.
As impressões que eu tive sobre o livro foram as melhores possíveis. Por um momento, achei a primeira parte do livro meio que desnecessária, mas depois eu entendi que dar aquele introdução falando sobre a vida de Pi, sua família, suas religiões (sim, religiões! O Pi tinha três: hindu, cristão e islâmico), costumes e interações com os animais no zoológico foi importante para entender como o Pi pode aguentar a tantas adversidades quando foi náufrago. Chegando a segunda parte do livro, a parte do naufrágio, aí sim é que tive de segurar o fôlego muitas vezes. Principalmente quando a situação só vai piorando, os animais vão se atacando, e chega um momento em que só há Pi e o tigre-de-bengala no bote. Como Pi sobrevive há um animal selvagem, carnívoro, totalmente territorial, muito resistente e forte? Bem, ele consegue usando tudo que sabe sobre esse animal. Sistematizando sua convivência com o tigre, ele consegue lidar razoavelmente com a situação. Ainda tem que resistir aos fenômenos da natureza, conseguir água potável e alimentação para ele e o tigre. É muita coisa, mas a vontade dele de sobreviver conseguiu superar a isso tudo. Apesar de eu achar muita coisa difícil de acreditar, eu me prendia ao pensamento "calma, Nathália, isso é uma ficção". Mas logo em seguida vinha aquele sentimento de saber que uma pessoa realmente consegue fazer coisas surreais para sobreviver. E assim é a história de Pi: fazer você acreditar no extraordinário.
Quanto à escrita, achei ótima. Foi tudo narrado em primeira pessoa, o que dá uma visão mais próxima quando se trata de uma história tão individual como a de Pi. Detalhes não faltam para você viajar na narrativa, tudo é descrito. Desde a experiência da primeira pesca, qual foi o peixe, o sentimento de Pi ao matá-lo (digo isso porque Pi era vegetariano) até os momentos mais aterrorizantes com Richard Parker (o nome do tigre), sua espiritualidade em meio a tanto caos e enfrentar um Oceano.
A terceira e última parte foi o desfecho tão aguardado: Pi chegando a terra firme e sendo resgatado. Posso dizer que também é uma das partes que me deixaram com pulga atrás da orelha. Ao perguntarem a Pi como o navio afundou e sua experiência em alto-mar, ele conta toda a sua história. Porém acham a sua história muito difícil de acreditar, então ele conta uma outra versão, em que ele substitui os animais por pessoas. Olha, por um momento me perguntei se a história verdadeira não foi a dos animais e sim a que ele estava com as pessoas, e ele fantasiou a história com bichos para ficar mais fácil de lidar. Mas como ele mesmo diz que a gente é quem escolhe em quê acreditar, prefiro ficar com a dos animais. É mais interessante e menos cruel.
O livro está mais que recomendado! 5 estrelas para ele! A história desse menino que tem por nome o mesmo que 3,14 (para quem não sabe, essa é a medida do número pi) é fascinante! O filme também é muito bom.
Espero que vocês tenham gostado desta resenha! Fiquem a vontade para comentar.
Beijos e queijos :*
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