quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sugestão da Semana: 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você

Olá galera!

A sugestão dessa semana é sobre um filme que eu amo de paixão e considero ele um clássico desses últimos tempos. 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você é um filme norte-americano, de 1999, dirigido por Gil Junger e estrelado por grandes nomes como Julia Stiles e o saudosíssimo Heath Ledger. Saiba mais um pouquinho sobre o filme na sinopse abaixo:

Sinopse: "Em seu primeiro dia na nova escola, Cameron (Joseph Gordon-Levitt) se apaixona por Bianca (Larisa Oleynik). Mas ela só poderá sair com rapazes até que Kat (Julia Stiles), sua irmã mais velha, arrume um namorado. O problema é que ela é insuportável. Cameron, então, negocia com o único garoto que talvez consiga sair com Kat - o misterioso bad-boy Patrick (Heath Ledger)."


Eu acho difícil alguém ainda não ter assistindo esse filme, uma vez que volta e meia ele está passando na Globo (tá vendo, Sessão da Tarde não passa só Lagoa Azul e De Volta a Lagoa Azul, rs), maaaas é sempre bom sugerir, afinal, nem todo mundo conhece as obras-primas que a Globo passa ocasionalmente.
Vamos aos motivos de porque eu ter escolhido este filme como a sugestão. 
Primeiro: este filme está na minha listinha de filmes favoritos de todos os tempos. 
Segundo: é um filme com uma história previsível, mas legal; garante boas risadas; tem muita graça nos detalhes e ótimos atores. 
E terceiro: é um dos meus filmes favoritos.

Deu para perceber o quanto gosto desse filme, né? E não é para menos. É daquele tipo de filme que quando você lê a sinopse, você pensa “nossa, que clichê!”, mas te garanto que não é. Apesar de realmente ter uma estória previsível, o desenrolar é ótimo e como disse acima, há uma graça peculiar nos detalhes, o que te faz rir o tempo todo. Tudo nesse filme foi muito bem trabalhado, desde a atuação dos atores ao roteiro. Eles usam um cenário típico dos filmes hollywoodianos, o ensino médio, que apesar de ser um tema batido e saturado, foi surpreendentemente uma das melhores sacadas desse filme.

Como não quero revelar coisas sobre o enredo, fica difícil explicar mais detalhes legais sobre o filme, mas posso dizer que 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você é COM CERTEZA UMA COMÉDIA ROMÂNTICA. Digo isso porque o filme soube equilibrar muito bem comédia e romance. Já citei a comédia, presente em 100% do filme, mas o romance também faz perfeitamente o seu papel e apesar de todo o lado cômico, os objetivos românticos também estão lá, do começo ao final. Deixo uma ressalva, para aqueles que não gostam de filmes do gênero romance/comédia romântica: Keep Calm and o filme não é meloso. Sem apelos, sem ser piegas, é um filme até para os caras durões que só assistem filmes em que o único contato corporal são socos, pontapés e voadoras. Dá para assistir de boa, com o papai e a mamãe. Num dia chuvoso, com o(a) namorado(a) do lado. Com os amigos, comendo pipoca e tomando guaraná. Se você estiver com deprê e quer levantar o astral. Ou simplesmente se não tiver nada para fazer. Sempre me pego assistindo esse filme em épocas diferentes. Assisti a primeira vez quando era criança e me amarrei. Assisti de novo já mais velha e percebi detalhes que não tinha percebido antes, o que me deixou mais encantada... Enfim, esse é um daqueles filmes que a gente pode chamar de atemporal.

Tem também a trilha sonora que é muito legal e outra coisa que eu descobri pesquisando sobre o filme na internet: ele é baseado em uma das peças mais célebres de William Shakespeare (que inclusive é muito citado no filme), A Megera Domada. Para quem já conhecia ou já leu a peça, claramente vai ver as semelhanças. Para mim, que apesar de gostar de Shakespeare, só conheço por alto a história de Romeu e Julieta, Rei Liar e Otelo, me passou totalmente despercebido qualquer relação. E só para garantir àqueles em que eu estava conseguindo convencer de que o filme é legal e nada doce-diabetes: apesar do embasamento e citações, a linguagem é coloquial e TOTALMENTE moderna, ou seja, bem adaptada aos dias de hoje. Como eu disse e repito: atemporal.

Por último, este filme é uma ótima oportunidade da gente ver atores que hoje são considerados verdadeiras estrelas do cinema no comecinho de carreira. Heath Ledger e Julia Stiles com certeza sabem atuar (no caso do Ledger “sabia” :/ ). E todos os outros atores que com certeza você já viu por muitos filmes por aí. Concluindo: esse é um daqueles filmes que todo mundo deveria ter o DVD original em casa, porque ele realmente vale a pena.


Então, curtiu minha sugestão dessa semana? Já assistiu ou planeja assistir 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você? Deixe um comentário!

Beijos e queijos :*


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Leituras de Férias #3: As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky

Hey guys!

Aqui estou mais uma vez para falar sobre os livros lidos nas minhas férias da universidade (mesmo que as férias já tenham passado, mas isso é detalhe..). O livro da vez é o tão aclamado por esta geração, o livro que tantas pessoas me falaram, um dos queridinhos dos jovens, o famosíssimo As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky.
Ah, antes de começar a falar das minhas impressões sobre o livro, vou me ater a alguns detalhes técnicos. Percebi que não tenho feito muito isso nas últimas postagens literárias, então decidi me policiar mais e colocar mais informações, para dar um ar mais sofisticado nas resenhas, rs. Agora vamos ao livro!

Título original: The Perks of Being a Wallflower
Editora: Rocco
Autor: Stephen Chbosky
Páginas: 224
Avaliação

Sinopse: "Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir infinito ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se é real ou imaginário. Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo." (via Skoob)

Antes de me aprofundar sobre qualquer aspecto desse livro, eu tenho que falar: gostei. Gostei mesmo. O livro é bacana, a leitura fluiu rápido, o personagem principal é cativante, enfim, tem todos aqueles aspectos que um leitor aprecia em um livro. Mas não vou endeusá-lo como vi muitos fazerem por aí, porque verdade seja dita: não é para tanto. Esse livro foi muito recomendado por amigos, lia críticas muito elogiosas sobre ele em vários blogs por aí e depois de assistir o filme (e ter adorado) minha expectativa só aumentou. Talvez este tenha sido o erro. Criei muitas expectativas, e no final das contas o livro não atendeu a elas. Às vezes me pergunto se eu não deveria ter lido o livro sem esperar muito dele, aí talvez eu me surpreendesse mais.

Charlie, o personagem principal, é um adolescente um tanto introvertido, tem dificuldade de se relacionar com pessoas e o contexto do livro se passa justamente numa época muito difícil para os adolescentes americanos: o ensino médio. E para Charlie parece que vai ser mais complicado ainda, devido a sua dificuldade em fazer amigos. Mas nosso bom rapaz consegue fazer amizades, os tão marcantes personagens Sam e Patrick, juntamente com a turminha com quem eles conviviam. E assim Charlie passa por diversas experiências, descobre muito de si mesmo e dos outros e aprende a "participar" (ai, amei essa expressão). Ele é um garoto encantador. Um tanto traumatizado sim, mas com certeza encantador. Não dá para ler e não se afeiçoar a ele. Charlie é carinhoso, receptivo e com certeza sabe cultivar amizades. Na minha concepção, ele só precisava de pessoas com quem compartilhar esses sentimentos, como diz outra expressão do livro que eu amei "se sentir infinito".

A escrita é atrativa, fácil e diferenciada, uma vez que são a coleção das cartas que Charlie manda para não-sei-quem, como forma de desabafar e compartilhar experiências. O livro mescla passagens engraçadas, dramáticas e aqueles tipos de pensamentos do personagem que faz a gente refletir; aquelas frases que a gente não esquece nunca mais depois que lê. A relação com os amigos são algumas das melhores partes e é com eles que Charlie aprende muitas coisas. Sam e Patrick (juntamente com Charlie) são alguns dos personagens mais bem criados que eu já encontrei nos livros. Erram, acertam, se divertem, sofrem por amor e por muitas coisas, enfim, são muito reais, tem uma bagagem emocional e psicológica incríveis.

Também é presente muito do contexto familiar: a relação de Charlie com os pais e irmãos, aquelas "famosas" festas familiares e alguns momentos um tanto complicados na vida de Charlie como filho e irmão. No meu ver, foi um ponto positivo o autor ter dado destaque a esse lado mais doméstico do personagem. Na verdade, todas as interações de Charlie em todos os ambientes possíveis são interessantes. Na escola, nas festinhas, em casa, não importa o lugar, você percebe que o personagem está amadurecendo. Outra coisa a se apreciar nesse livro: as inúmeras citações musicais e literárias. Charlie COM CERTEZA aprecia uma boa música e é um exímio leitor. 

Sobre o final, como não quero dar spoilers, só direi que foi surpreendente. Mesmo quem não leu o livro, mas já assistiu o filme pode ter uma ideia do que estou falando.

O meu exemplar: lindo, a capa é aquela do filme. Uma das coisas em que a editora que fornece o livro pecou foi a cor das páginas. Pô, o livro é tão legal, ficaria mais legal ainda se fosse com aquelas páginas amareladas, né? Sei lá, gente, sou apaixonada pelas páginas amareladas, a minha visão agradece. Mas no restante, o livro é lindo e a diagramação é ótima e em algumas partes sugere aquela escrita de máquina de datilografar, o que pela época em que o livro foi escrito, era como as pessoas ainda redigiam muitos de seu documentos.

Como provavelmente vocês perceberam, eu relatei só impressões positivas, porque foi realmente o que eu captei do livro. Como eu disse no começo, ele é ótimo, só acho que eu esperei muito dele por tudo que já ouvi falarem e me decepcionei um pouquinho. Apesar de não entrar na minha listinha de favoritos, ele será bem lembrado por mim. Merecidas cinco estrelas para ele!

Vale lembrar da adaptação cinematográfica, uma das mais fieis que já assisti. Logan Lerman (Percy Jackson em O Ladrão de Raios e Mar de Monstros) como Charlie simplesmente arrasou, além das ótimas atuações de algumas queridinhas dos adolescentes: Emma Watson como Sam (a Hermione da saga de Harry Potter) e Nina Dobrev como irmã de Charlie (as duplicatas Elena e Katherine, da série The Vampire Diaries). Um parabéns muito merecido para quem conseguiu adaptar esse livro tão fidedignamente. Com certeza também recomendado.

E vocês, já leram ou pretendem ler esse livro? Gostaram da minha opinião? Fiquem à vontade para comentar abaixo!

Beijos e queijos :*

"A gente aceita o amor que acha que merece." (As Vantagens de Ser Invisível, página 35)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Seguidores

Salve, salve galera!

Esta postagem é só uma rapidinha. Só quero avisá-los (não sei se todo mundo percebeu), mas já tem um tempo que tem uma aba para seguidores aqui no blog. Apesar deste blog não ser o mais visualizado do mundo (ainda!), sei que ele tem umas visualizações rotineiras sempre que sai alguma postagem. 
Se você é um desses que acompanha o blog diariamente, não fique tímido: no lado a direita da sua tela, um pouco embaixo, tem um botão escrito "seguir este blog". Clique nele e decida por qual rede social deseja seguir (facebook, twitter, conta do Google...). E se você não vem aqui com frequência, caiu nesse blog sem querer porque pesquisou uma palavra-chave no Google e clicou no link e foi direcionado para esta página, acabou decidindo ler a postagem e gostou, também sinta-se a vontade para ser um seguidor.
Aí você me pergunta: "Por que eu iria querer seguir seu blog, cara pálida?" Eu te respondo: assim você estaria sabendo, através das suas redes sociais, quando tem postagem nova aqui. E ajudaria na divulgação. E eu não ficaria mais sozinha naquela aba de seguidores (é frio, triste, e solitário lá, rs). Vamos galera, ajudem a mana aqui a ficar famosa que nem a Bruna Vieira ou a Isabela Freitas, ahahahaha! #brincadeirinha
Mas sério mesmo, fiz o blog na intenção de dividir minhas experiências de leitura, hobbies e etc, com vocês e quanto maior o número de pessoas que visualizam, interagem comentando ou divulgam nos dá um gás a mais para continuar atualizando um blog. É como se visualizações e comentários fossem comida e água de um blogueiro (exemplo meio tosco, mas espero que vocês tenham entendido). Apesar de que nossa vontade de escrever não deve depender de quantas pessoas estarão lendo, mas sim de que estamos divulgando uma coisa de que gostamos, não podemos cair na falácia de escrever num blog apenas por escrever. Todo mundo quer ver seu material visualizado, comentado, etc e tal. E não há nada de errado nisso.
Então conto com a participação de vocês: siga o blog, diga para sua irmã, seu irmão, pai, mãe, avô e avó super-descolados-que-usam-internet, primos, amigos, conhecidos seguirem também! Sigam também a conta do twitter do blog, lá também aviso sobre as novidades que rolam por aqui.

Beijos e queijos!

Leituras de Férias #2: As Aventuras de Pi, de Yann Martel

Antes de tudo, até mesmo de dizer "oi, tudo bem?", quero pedir desculpas e explicar os motivos por ter passado tantos dias sem postar e tenho certeza que vocês me entenderão e compartilharão da minha dor, pois muitos passam por isso: internet ruim. Sério, minha internet estava péssima - ainda está, na verdade. Nem sei como estou conseguindo publicar isso. Se publiquei é porque ela deve ter dado uma melhoradinha suficiente para eu postar essa resenha - e se eu passar mais alguns dias sem publicar, vocês já sabem porque foi. Só para vocês terem uma ideia, esta resenha está pronta desde as minhas férias, as férias acabaram, já tem uma semana que eu voltei às aulas e só estou postando isso agora. Vida dura. Mas fazer o quê? Mesmo com as férias já tendo acabado, continuarei as leituras e postarei na medida do possível as minhas resenhas, opiniões, críticas, ou que quer que seja o nome disso que estou fazendo, rs. Vou deixar de enrolar vocês e obrigado desde já pela compreensão. Acompanhe abaixo minhas impressões sobre o livro. ;)

Acho que você já assistiu ou no mínimo já ouviu falar do filme "As Aventuras de Pi", que foi o maior ganhador de estatuetas do Oscar 2013. Pois bem, esse filme muito bem produzido, cheio de efeitos especiais, é a adaptação de um livro escrito pelo canadense Yann Martel e foi a minha segunda leitura nas férias. Vamos à história!
O Piscine Molitor Patel - que prefere ser chamado de Pi Patel - é um jovem indiano que mora com seus pais e seu irmão em um zoológico. Buscando por melhores condições de vida, Pi e sua família partem em um navio, juntamente com boa parte dos animais do zoo. Após alguns dias em alto mar, acontece um naufrágio, do qual só sobrevive Pi, uma hiena, uma zebra, uma orangotango, e um tigre-de-bengala, todos juntos num mesmo bote. Pi se vê numa enrascada: além de se preocupar com sua sobrevivência em pleno oceano Pacífico, ainda tem que dar conta de sobreviver em meio a animais selvagens, alguns deles carnívoros. E assim começa a luta pela sobrevivência de Pi que dura 277 dias.
As impressões que eu tive sobre o livro foram as melhores possíveis. Por um momento, achei a primeira parte do livro meio que desnecessária, mas depois eu entendi que dar aquele introdução falando sobre a vida de Pi, sua família, suas religiões (sim, religiões! O Pi tinha três: hindu, cristão e islâmico), costumes e interações com os animais no zoológico foi importante para entender como o Pi pode aguentar a tantas adversidades quando foi náufrago. Chegando a segunda parte do livro, a parte do naufrágio, aí sim é que tive de segurar o fôlego muitas vezes. Principalmente quando a situação só vai piorando, os animais vão se atacando, e chega um momento em que só há Pi e o tigre-de-bengala no bote. Como Pi sobrevive há um animal selvagem, carnívoro, totalmente territorial, muito resistente e forte? Bem, ele consegue usando tudo que sabe sobre esse animal. Sistematizando sua convivência com o tigre, ele consegue lidar razoavelmente com a situação. Ainda tem que resistir aos fenômenos da natureza, conseguir água potável e alimentação para ele e o tigre. É muita coisa, mas a vontade dele de sobreviver conseguiu superar a isso tudo. Apesar de eu achar muita coisa difícil de acreditar, eu me prendia ao pensamento "calma, Nathália, isso é uma ficção". Mas logo em seguida vinha aquele sentimento de saber que uma pessoa realmente consegue fazer coisas surreais para sobreviver. E assim é a história de Pi: fazer você acreditar no extraordinário.
Quanto à  escrita, achei ótima. Foi tudo narrado em primeira pessoa, o que dá uma visão mais próxima quando se trata de uma história tão individual como a de Pi. Detalhes não faltam para você viajar na narrativa, tudo é descrito. Desde a experiência da primeira pesca, qual foi o peixe, o sentimento de Pi ao matá-lo (digo isso porque Pi era vegetariano) até os momentos mais aterrorizantes com Richard Parker (o nome do tigre), sua espiritualidade em meio a tanto caos e enfrentar um Oceano.
A terceira e última parte foi o desfecho tão aguardado: Pi chegando a terra firme e sendo resgatado. Posso dizer que também é uma das partes que me deixaram com pulga atrás da orelha. Ao perguntarem a Pi como o navio afundou e sua experiência em alto-mar, ele conta toda a sua história. Porém acham a sua história muito difícil de acreditar, então ele conta uma outra versão, em que ele substitui os animais por pessoas. Olha, por um momento me perguntei se a história verdadeira não foi a dos animais e sim a que ele estava com as pessoas, e ele fantasiou a história com bichos para ficar mais fácil de lidar. Mas como ele mesmo diz que a gente é quem escolhe em quê acreditar, prefiro ficar com a dos animais. É mais interessante e menos cruel.

O livro está mais que recomendado! 5 estrelas para ele! A história desse menino que tem por nome o mesmo que 3,14 (para quem não sabe, essa é a medida do número pi) é fascinante! O filme também é muito bom.

Espero que vocês tenham gostado desta resenha! Fiquem a vontade para comentar. 
Beijos e queijos :*

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Recifrando #3: Mais Que Um Mero Poema, de Rosa de Saron

Olá galera!

Vim trazer mais um Recifrando, e o de hoje é uma letra bem reflexiva. Mais Que um Mero Poema, da banda de rock cristão Rosa de Saron, é uma música que fala sobre a vida, suas mazelas, e o que fazemos diante de tudo isso. Sempre que ouço essa música fico bastante comovida, paro e reflito sobre muitas coisas. Espero que você também tenha a mesma sensação.

Mais Que Um Mero Poema
Rosa de Saron
Faixa 5 do álbum Horizonte Distante,
2010, Som Livre
Parece estranho
Sinto o mundo girando ao contrário
Foi o amor que fugiu da sua casa
E tudo se perdeu no tempo 
É triste e real
Eu vejo gente se enfrentando
Por um prato de comida
Água é saliva
Êxtase é alívio, traz o fim dos dias
E enquanto muitos dormem, outros se contorcem
É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte 

Você não viu?
Quantas vezes já te alertaram
Que a Terra vai sair de cartaz
E com ela todos que atuaram?
E nada muda, é sempre tão igual
A vida segue a sina 
Mães enterram filhos, filhos perdem amigos
Amigos matam primos
Jogam os corpos nas margens dos rios contaminados
por gigantes barcos
Aquilo no retrato é sangue ou óleo negro? 

Aqui jaz um coração que bateu na sua porta 
às 7 da manhã
Querendo sua atenção,
pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um mero poema
Ela é real

É pão e circo, veja
A cada dose destilada, 
um acidente que alcooliza o ambiente
Estraga qualquer face limpa
De balada em balada vale tudo
E as meninas
Das barrigas tiram os filhos, 
calam seus meninos
Selam seus destinos
São apenas mais duas histórias destruídas
Há tantas cores vivas caçando outras peles
Movimentando a grife 

A moda agora é o humilhado engraxando seu sapato
Em qualquer caso, é apenas mais um chato 

Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção,
pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um mero poema
Ela é real 

E ainda que a velha mania de sair pela tangente
Saia pela culatra
O que se faz aqui, ainda se paga aqui
Deus deu mais que ar, coração e lar
Deu livre arbítrio
E o que você faz?
E o que você faz?



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Leituras de Férias #1: Morte e Vida de Charlie St. Cloud, de Ben Sherwood

Primeiro livro dessas férias, e o que dizer dele? Acho que "não poderia começar essas minhas férias com uma leitura melhor" resume bem. Vamos aprofundar mais essa conversa sobre esse livro lindo.

AVISO: ESTA RESENHA CONTÉM SPOILER!

Meu exemplar *-*
Antes de tudo, vamos à uma breve descrição: Charlie St. Cloud é um adolescente promissor que mora na Nova Inglaterra, um lugar pacato nos Estados Unidos da América. Ele e seu irmão mais novo, Sam, são carne e unha, mais inseparáveis impossível. Moram com a mãe, e ambos não conhecem seus pais (o pai de um não é o mesmo que do outro). Tudo vai bem, até Charlie decidir levar Sam, para assistir um jogo dos Red Sox (time de beisebol) sem a permissão de sua mãe, pegando emprestado (também sem permissão) o carro de sua vizinha, que estava viajando. Aí acontece todo o desastre: na volta para casa, ele sofrem um acidente. Um motorista de caminhão bêbado, sem condições nenhuma de dirigir, bate no carro que os garotos vinham. Os garotos morrem, mas chega um paramédico que tenta reanimá-los, porém só consegue ressuscitar Charlie. Nesse período de tentativas de trazer Charlie de volta a vida, acontecem coisas que vão ser definidoras dos rumos do livro. Charlie e seu irmão, Sam, estão em outra dimensão (se assim podemos chamar) e ambos prometem nunca abandonar um ao outro. Mas como Charlie sobrevive, fica um pouco difícil cumprir sua promessa. Até ele perceber uma coisa fantástica: todos os dias, ao por do Sol, Sam visita Charlie para jogarem beisebol, no cemitério onde foi enterrado. Então, para ficar o mais próximo possível de seu irmão, Charlie decide abrir mão de seus sonhos e trabalhar de zelador e morar no cemitério, garantindo assim estar sempre presente para o seu irmão toda vez que o Sol se por, o que ele faz sistematicamente durante treze anos, até a chegada de uma jovem chamada Tess, que muda seus hábitos e o faz tomar uma importante decisão: ficar sempre ao lado de Sam, mesmo que isso inclua ficar impossibilitado de ir atrás de seus sonhos, ou se entregar a essa relação e deixar o cemitério, o que inclui nunca mais conversar com seu amado irmão?

Agora, as minhas impressões sobre o livro: não vou mentir, achei a leitura um tanto quanto cansativa no começo. Mesmo com a descrição do acidente sendo no início do livro, custou um pouquinho a eu pegar um ritmo de leitura que me agradasse. Digo isso, porque quando um livro está me prendendo desde o começo, não sinto vontade de largá-lo de jeito nenhum, e em uma vezinha que pego, leio dezenas e dezenas de páginas. Com o livro em questão, fiquei um pouco devagar no começo, mas perseverei pois para mim ficou óbvio que as melhores partes estavam para chegar. E não me enganei. E se isso acontecer com você, recomendo que insista também, não irá se arrepender. A história evoluiu, assim como a própria escrita do autor. Tive a impressão de que com o passar das páginas, o autor estava amadurecendo mais na sua forma de contar a história, deixando ela mais atraente. A construção dos personagens também melhora e fica mais forte aquele sentimento que todo bom leitor tem: "se afeiçoar aos personagens e torcer por ele". Apesar do romance da história ser um tanto incomum (não contarei todos os detalhes da trama para não estragar a leitura de vocês, rs) achei muito interessante. Charlie e Tess tem mesmo uma ligação de almas gêmeas, são mesmo o verdadeiro amor um do outro e o autor posicionou isso na história de uma forma bem convincente e arrebatadora para quem leu, sem precisar ser meloso ou piegas. A construção desse cenário de "além-vida" também foi muito interessante. Não digo que acredito na descrição de vida após a morte que o autor deu (sou cristã-protestante e tenho um posicionamento muito bem firmado sobre isso baseado na minha doutrina), mas admito que a forma como esse assunto foi retratado foi essencial para o desenrolar da trama. Outras características do livro, como o amor fraternal dos dois irmãos também foi um bom ponto para a história, e que veio junto com outra questão: "até onde podemos interromper nossa vida quando o assunto é cumprir uma promessa?".
Concluindo, eu amei o livro, apesar do tema-central ser muito voltado para essa coisa do espiritualismo, do sobrenatural. Eu recomendo, mesmo que você não seja muito espiritualizado ou não concorde com a forma como o assunto é abordado. Não precisa ficar temeroso, o livro não tem nenhuma intenção de impor que você acredite em coisas sobrenaturais; é apenas uma bela ficção que ao meu ver, soube usar essas caraterísticas de forma inteligente, e sem se tornar clichê. É de emocionar, é para chorar mesmo. Fisicamente falando, o livro é lindo. O meu exemplar é da capa do filme e a diagramação é linda, com os inícios dos capítulos com desenhos de vela, uma vez que uma das personagens principais, a Tess, é velejadora. Fiquei muito surpresa em comprar um livro em uma baita promoção no Submarino (acreditem se quiser, este livro me custou R$ 5,00) e ele ter uma qualidade tão boa, tanto no sentido da história, como nos aspectos físicos. E sobre a adaptação cinematográfica posso dizer que é muito boa e fiel ao livro. Apesar de na leitura você captar mais essencialmente detalhes que você não consegue no filme, a adaptação me ajudou bastante a imaginar, pois já tinha assistido ao filme antes. 
Para terminar, a mensagem mais forte que o livro me deixou: não desperdice segundas chances!


"Confie em seu coração 
se os mares explodirem em chamas,
E viva pelo amor, 
mesmo que as estrelas se movam para trás." (e. e. cummings; poema citado no livro)


Espero que vocês tenham gostado da minha resenha e caso queiram ler o livro ou já tenham lido, fiquem à vontade para comentar! 
Beijos e queijos :*